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O sistema militar de ensino, ilhas de excelências na educação pública brasileira

Por Pastor Sargento Isidório

O sistema militar de ensino, ilhas de excelências na educação pública brasileira
Um dos grandes entraves do desenvolvimento sustentável do Brasil atende pelo nome de educação. Apesar dos governos afirmarem que a cada ano há mais recursos para a referida pasta, a sensação que nos invade é que nossas crianças e jovens estão saindo dos bancos escolares cada vez menos preparados.

Não raro, ouvimos histórias de crianças de 10 a 13 anos regularmente matriculadas em colégios públicos que não sabem ler ou escrever. Tal realidade, só colabora com a altíssima evasão escolar e para a triste constatação que hoje o país sofre com um altíssimo número de analfabetos funcionais, inclusive muitos deles sofrem dentro das universidades, porque não conseguem responder as demandas didáticas exigidas pelos mestres.

Estudos indicam que hoje, 75% dos brasileiros entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente. Esse número inclui os 68% considerados analfabetos funcionais e os 7% considerados analfabetos absolutos.

O MEC tem criado sofisticados métodos para aferir as deficiências dos alunos brasileiros, mas ainda bate cabeça para estruturar as soluções. Há quem diga até, que o Brasil já vive um “apagão de mão-de-obra”. Situação que tende a piorar a médio e longo prazos.

Talvez, um dos caminhos seja copiar imediatamente em todas as escolas públicas brasileiras o sistema militar de ensino, adotados eficazmente nos colégios das Forças Armadas e das Polícias Militares, verdadeiras ilhas de excelência que notadamente conferem aos seus alunos um ensino bem melhor que a média das escolas públicas brasileiras.

Um exemplo disso é o Colégio Militar de Salvador, instituição pública federal que ocupa a 6ª posição entre as melhores escolas de 5º ao 9º ano do Brasil, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (o IDEB). Seguidos dos CPMs, Colégios da Polícia Militar, que se espelham na mesma metodologia e incute além da grade curricular obrigatória, noções de cidadania, valorização do companheirismo e da permanente interação escola-sociedade. Tudo com muita disciplina!

Convém lembrar o resultado do ENEM 2014, onde os 15 primeiros colocados entre as escolas públicas da Bahia, 12 são CPM. O “zero um”, o mais bem colocado foi o Colégio da Polícia Militar de Vitória da Conquista. Aliás, pelo 6º ano consecutivo a unidade escolar militar do Sudoeste baiano alcança o melhor índice entre os colégios públicos do Estado, de pronto parabenizamos os diretores destas instituições (oficiais, praças e outros que participam deste exemplar modelo de educação). Motivo mais que suficiente para sonhemos que um dia o Ministro da Educação seja oriundo da vida militar.

A nova LOB da PMBA, aprovada ano passado na Assembleia Legislativa da Bahia aprovou a criação de mais 5 CPMs em nosso Estado. Caso a sociedade entenda como importante (como eu tenho convicção que é), ampliar este número se faz urgente! Afinal, acabar com a baderna, vandalismo, que hoje impera nas escolas públicas e privadas do Brasil é tão importante quanto melhorar os salários dos nossos nobres professores.

Fica a reflexão e a semente para colhermos num futuro breve uma educação de qualidade e, principalmente, com mais disciplina! Todo o meu respeito aos professores e diretores das valorosas instituições militares de ensino.

* Pastor Sargento Isidório é deputado estadual pelo PSC e líder espiritual da Fundação Dr. Jesus

* Os artigos reproduzidos neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do Bahia Notícias